sábado, 12 de março de 2011

tartare de salmão com abacate

Agora que o carnaval já passou e o Brasil voltou a funcionar, o Pista Quente também volta a ativa. Desculpem pela ausência.
Esse prato aí da foto, eu fiz pra um programa de televisão lá de Manaus e modéstia a parte ficou bem bom. Trata-se de um tartare de salmão com abacate. Os tartare´s são pratos elaborados basicamente com alguma proteína picada crua (carne ou peixe, pois frango cru não rola) e algum elemento aglutinador que serve pra dar liga e fazer com que o mesmo não "desabe". Este ingrediente obrigatoriamente tem que ser gorduroso de forma que possa fazer com que os demais ingredientes se mantenham unidos. O tartare clássico é feito com carne bovina, geralmente patinho que é uma carne sem gorduras e tecidos conjuntivos, e utiliza gema de ovo como agente de ligação. Em alguns lugares o pessoal põe maionese no lugar da gema com medo da salmonela. Eu sinceramente vou de gema mesmo. Existem milhares de varições, me lembro que quando trabalhei no D.O.M. no garde manger (pista fria), preparava dois tartares, um de atum com foie gras e outro de tomate com arroz selvagem e camarão. Ambos muito gostosos. Bom, então aí vai a receita do dito cujo:
Ingredientes
100 G de salmão fresco
100 G de salmão defumado
1 abacate (avocado) aquele pequeno, se não pode se o grande mesmo
1/4 de cebola bem picada de preferência roxa
azeite
limão
sal
pimenta do reino
dill
salsinha

Preparo
Picar finamente o salmão fresco o defumado, a cebola, o abacate e as ervas. Se o abacate for o pequenininho, usa-se todo, se for o grande acho que um pouco menos da metade é suficiente. Temperar apenas na hora de servir pois caso contrário, o limão irá "cozinhar" o peixe. Montar no centro de um prato com o auxílio de um aro. Servir imediatemente acompanhado de fatias de pão preto torrado.

O tartare clássico vem guarnecido por batata frita, eu adoro. Este de salmão também combina bem com batata frita. Aliás, salmão cru, cozido, grelhado ou assado tem tudo a ver com batata frita, então fica ao gosto do freguês, pão preto ou batata frita ou os dois, por que não?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pita Kebab, bem gostoso




Hoje fui jantar com o meu querido primo Fabinho Lorenzi no Pita Kebab bar. O lugar é bem simplesinho mas tem um astral legal, o serviço fica por conta de uma moçada bonita e simpática e a comida é uma delícia. Comi um kebab de cordeiro que veio molhadinho com um pouco de tahine e um molho de pimenta bastante aromático. O Binho pediu um kebab de falafel - já que ele é vegetariano e não come nem carne vermelha, nem frango e nem peixe. Segundo ele, estava um espetáculo. A única coisa que me incomodou um pouco foi o fato de ter visto uma moça enrolando o kebab com as mãos sem nenhum tipo de proteção. Quando você tem contato manual com um alimento que não vai mais passar por cocção, esse tipo de cuidado "cai como uma luva". Pegou, pegou?!?!  Vale a visita. Rua Francisco Leitão, 282.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Sempre achei a ricota um queijo sem graça, até que.....


Meus colegas cozinheiros e chefes de cozinha sempre disseram que a ricota do Laticínios Roni (mercadão) era a melhor de São Paulo, que não tem comparação, que é isso, que é aquilo, blablabla. E eu pensava: eu é que não vou perder meu tempo indo atrás de ricota. Ricota é um queijo com gosto de nada, azeda e com uma textura meio esfarinhenta. Ou seja, um desastre.
Na semana do natal estava no mercadão comprando os produtos da ceia de natal lá de casa e precisei de manteiga. Parei em uma banca qualquer, perguntei se o cara tinha manteiga e esse me respondeu que não, mas que eu encontraria na banca do Roni. Lá fui eu a tal banca do Roni e me deparei com o próprio atendendo uma cliente. Assim que ele acabou de atendê-la, me identifiquei como chefe de cozinha, citei o nome de alguns amigos que eram clientes dele etc....e disse que a galera sempre falava da tal ricota dele etc etc. Pedi a minha manteiga - que diga-se de passagem é a melhor que eu já provei, paguei e ia saíndo quando ele falou: ei Ricardo, leva essa ricota pra você experimentar. Pensei: "Beleza, de graça até ricota azeda" Quando cheguei em casa, abri o pacote onde estava a manteiga e me deparei com a tal ricota que tinha até esquecido que estava lá. Peguei uma faca e tirei um naco da dita cuja. QUE DELÍCIA, fiquei em extase. Puro gosto de leite fesco - tão fresco que chega a ser adocicada. Acidez 0%, cremosa, enfim, uma maravilha.
Hoje à tarde, precisei dar um pulo no mercadão e aproveitei pra passar no Roni pois precisava comprar mussarela pra fazer o recheio de uns ravioli. Cheguei lá, pedi para o garoto me dar um  pedaço de mussarela etc., de repente aparece o Roni. Eu, então o cumprimentei e elogiei a ricota dizendo a ele que era um produto realmente maravilhoso etc etc. Então ele me perguntou: - Qual ricota você levou outro dia? Eu disse: ué aquela dali apontando para uma bandeja cheia de ricota que estava no balcão frigorífico. Então ele me disse: - "Se você gostou daquela, você vai adorar esta daqui" (disse apontando pra uma outra bandeja com umas ricotas um pouco maiores que ficam dentro de uns copinhos de plástico). Foi até lá pegou uma destas ricotas e me deu. Eu prontamente felei: -"Levo com o maior prazer, mas eu vou pagar". E ele mais uma vez não me deixou pagar, dizendo que era cortesia etc. Como dizem as mulheres: "Um fofo".
Bom chegando em casa, lá fui eu novamente exprimentar um pedaço da ricota. Indiscritível a qualidade do produto do cara, só exprimentando (sabor, frescor, textura perfeitos) Bom, resumindo: Por causa do laticínio Roni mudei completamente a minha referência com relação a ricota (antes eu não gostava, hoje eu adoro) Quanto à mussarela do cara, esta também merece um capitulo a parte. No nosso bate-papo ele me revelou que foi o bisavô dele que trouxe a ricota para o Brasil e que o método de preparação é rigorosamente igual ao que era antigamente. Isso simplesmente não tem preço. Laticínios Roni, eu assino embaixo.