No número 1415 da Rua Augusta fica o melhor bar de tapas da cidade de São Paulo. O caras (3 sócios espanhóis) criaram um bar autêntico com Jamones pendurados en la barra, sangrias e uma infinidade de tapas maravilhosos. Estive lá pelo menos umas cinco vezes, tendo sempre saído satisfeito. Dos tapas que me lembro de ter experimentado posso incluir os de presunto ibérico, camarão, bacalhau, salmão, tomate, rabada, filé, tortilla e cozido madrileño (sopa de grão de bico com páprica) todos extremamente bem feitos e deliciosos.
Além dos tapas, a cozinha prepara os pratos típicos españóis (paellas, fideuas, arrozes com frutos do mar etc) porém esses ainda não experimentei.
O pico dá de 10 X 0 no Venga, bar com a mesma proposta na Vila Madalena, mas que não chega aos pés do Sancho.
Vale a pena dar uma chegada.
Dentro de uma cozinha profissional existem basicamente três áreas: o garde manger (saladas), o patissier (sobremesas) e a pista quente, que é a galera que pilota o fogão, área onde tenho trabalhado há dez anos como cozinheiro profissional. Através deste blog pretendo compartilhar informações gastronômicas, desde dicas de restaurantes até receitas do dia a dia e qualquer outro assunto culinário que possa ser interessante aos meus amigos. Saúde.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
É bacalhau mesmo????
Se te perguntarem o que é bacalhau, o que você responderia?
Ué! Bacalhau é um tipo de peixe, assim como salmão, atum, sardinha, robalo, badejo etc etc.....Certo? ERRADO! Bacalhau não é um tipo de peixe, bacalhau é um método de cura e conservação de peixe através da adição de sal. Portanto, não existe nenhum peixe chamado bacalhau, o que existe são peixes utilizados pra fazer bacalhau. Entendeu?
Agora façamos uma reflexão: se fazem bacalhau com vários tipos de peixe, devem existir bacalhaus melhores e bacalhaus piores, certo? CERTO.
Então como fazemos pra saber quais são os bacalhaus bons e ruins?
Seguinte: os melhores bacalhaus são de dois tipos, o Mohua e o Macrocéfalus, um do Atlântico Norte (Noruega e Canadá) e outro do Pacífico Norte (Alaska), respectivamente. Ambos são chamados "Bacalhau do Porto" porém o Mohua (Atlântico) possui carne um pouco mais amarelada enquanto que o Macrocéfalus (Pacífico) possui uma carne mais branca. Ambos são bastante bons, mas o Mohua é considerado por todos superior. Sendo assim, apenas ele é chamado BACALHAU DO PORTO IMPERIAL ao passo que o Macrocéfalus é chamado apenas de Bacalhau do Porto.
Existem mais quatro peixes que são encontrados no mercado, porém com sabor e textura bem inferiores aos descritos anteriormente. São eles o Pallock, Saithe, Ling e Zarbo. Normalmente, esses quatro peixes são utilizados pra fazer bolinhos ou pratos que demandem o peixe desfiado, pois sua textura e sabor não costumam agradar tanto.
No Brasil, na Região Norte utiliza-se o Pirarucu chamado bacalhau da Amazônia, que é devidamente salgado e utilizado em um dos pratos mais emblemáticos da cozinha Amazonense chamado "PIRARUCU DE CASACA". Trata-se de Pirarucu seco frito com banana pacovã frita- que é uma banana gigantesca muito comum em Manaus - e farinha do Uarini torrada com leite de côco. É um prato extremamente saboroso que eu tive a oportunidade de preparar várias vezes enquanto estive morando em Manaus, tendo inclusive - modéstia a parte - recebido elogios de muitos críticos gastronômicos locais.
Mas.....voltando ao nosso bacalhau tradicional, agora vocês já sabem: BACALHAU NÃO É PEIXE E BACALHAU BOM, SÓ SE FOR DO PORTO.
Ué! Bacalhau é um tipo de peixe, assim como salmão, atum, sardinha, robalo, badejo etc etc.....Certo? ERRADO! Bacalhau não é um tipo de peixe, bacalhau é um método de cura e conservação de peixe através da adição de sal. Portanto, não existe nenhum peixe chamado bacalhau, o que existe são peixes utilizados pra fazer bacalhau. Entendeu?
Agora façamos uma reflexão: se fazem bacalhau com vários tipos de peixe, devem existir bacalhaus melhores e bacalhaus piores, certo? CERTO.
Então como fazemos pra saber quais são os bacalhaus bons e ruins?
Seguinte: os melhores bacalhaus são de dois tipos, o Mohua e o Macrocéfalus, um do Atlântico Norte (Noruega e Canadá) e outro do Pacífico Norte (Alaska), respectivamente. Ambos são chamados "Bacalhau do Porto" porém o Mohua (Atlântico) possui carne um pouco mais amarelada enquanto que o Macrocéfalus (Pacífico) possui uma carne mais branca. Ambos são bastante bons, mas o Mohua é considerado por todos superior. Sendo assim, apenas ele é chamado BACALHAU DO PORTO IMPERIAL ao passo que o Macrocéfalus é chamado apenas de Bacalhau do Porto.
Existem mais quatro peixes que são encontrados no mercado, porém com sabor e textura bem inferiores aos descritos anteriormente. São eles o Pallock, Saithe, Ling e Zarbo. Normalmente, esses quatro peixes são utilizados pra fazer bolinhos ou pratos que demandem o peixe desfiado, pois sua textura e sabor não costumam agradar tanto.
No Brasil, na Região Norte utiliza-se o Pirarucu chamado bacalhau da Amazônia, que é devidamente salgado e utilizado em um dos pratos mais emblemáticos da cozinha Amazonense chamado "PIRARUCU DE CASACA". Trata-se de Pirarucu seco frito com banana pacovã frita- que é uma banana gigantesca muito comum em Manaus - e farinha do Uarini torrada com leite de côco. É um prato extremamente saboroso que eu tive a oportunidade de preparar várias vezes enquanto estive morando em Manaus, tendo inclusive - modéstia a parte - recebido elogios de muitos críticos gastronômicos locais.
Mas.....voltando ao nosso bacalhau tradicional, agora vocês já sabem: BACALHAU NÃO É PEIXE E BACALHAU BOM, SÓ SE FOR DO PORTO.
sábado, 13 de outubro de 2012
Tasca da Esquina - Portuga nota 10
Restaurante português irretocável que abriu, aliás já faz algum tempo, na Al. Itu, 225 (entre 9 de julho e Pamplona). As panelas são comandadas pelo chefe Vitor Sobral, um dos grandes expoentes da cozinha portuguesa atual. O curriculum do cara da até preguiça de ler, tamanha a quantidade de cursos, consultorias e trabalhos importantes ele realizou. Seu trabalho é conhecido pelo fato dele se manter fiel às raízes portuguesas através da utilização de ingredientes da "Terra de Camões", porém com uma roupagem moderna e atual. Seria como uma cozinha portuguesa "revisitada", feita com muita sabedoria e critério.
Estive lá há mais ou menos um mês com meu pai, por ocasião da "Restaurant Week", que diga-se de passagem, na maioria das vezes é uma roubada. Porém no caso do Tasca da Esquina tivemos uma grata surpresa. Eram duas opções de entrada, duas opções de prato principal e duas de sobremesa.
Combinamos de cada um escolher uma para que pudessemos provar de tudo.
Sobremesa (Farofias, que nada mais eram do que ovos nevados e mousse de chocolate com frutas vermelhas) As tais farofias estavam muito boas embora tivessem muita canela, que esconde um pouco o sabor dos demais ingredientes e a mousse irreprensível.


Combinamos de cada um escolher uma para que pudessemos provar de tudo.
Entradas (mousse de camarão com vinagrete de manga e terrine de porco com Chutney de abacaxi) - as duas uma delícia.
Pratos principais (Bitoque - contra file com ovo poche e batata frita e bacalhau a Braz) Carne ao ponto com um molho maravilhoso - um pouquinho salgado demais - mas que mesmo assim estava ótimo, acompanhado por batatas fritas de verdade servidas em bastões - não aqulelas congeladas, com gosto de isopor. Bacalhau muito saboroso, molhadinho, servido com batatas fritas em formato de escamas, muito bom também.


A decoração é de extremo bom gosto e o serviço bastante atencioso.
Pode ir lá que eu garanto!
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
de volta à ativa
Após um ano e meio o nosso blog pista quente está de volta. Atendedo a pedidos estamos novamente escrevendo sobre dicas e curiosidades da "cena gastronômica". Durante este período de ausência estive estudando e no último mês de julho me tornei MBA em Gestão de Gastronomia, o que certamente servirá para enriquecer ainda mais esta nossa coluna, que prometo, terá pelo menos três publicações semanais.
Pra começar, ou melhor recomeçar, gostaria de indicar o restaurante de um amigo meu - Max (esse cara aí da foto) - que acaba de inaugurar na Peixoto Gomide, 1658. O restaurante leva o nome dele, Max Abdo Bistro (descendo a Peixoto, um pouquinho antes de chegar na Lorena do lado direito - duas casass antes do posto de gasolina). Funciona de segunda a sexta na hora do almoço e de terça a quinta no jantar. Trata-se de um restaurante onde o cardápio muda diariamente, sendo que no almoço o cliente tem direito a couvert, entrada, prato principal (4 opções) e sobremesa (2 opções), por R$ 49,00; A noite rola um menu degustação com 5 etapas, por R$ 98,00. Vale a pena dar uma chegada pra conferir. É realmente muito bom.
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